sábado, 28 de março de 2020


O que é artigo de opinião?


Texto dissertativo, em que o autor expõe seu posicionamento diante de algum tema atual e de interesse de muitas pessoas.

Geralmente escrito por especialistas e profissionais com muita experiência no assunto.


Por que escrever artigos de opinião?

        Disseminar conhecimento;

        Compartilhar ponto de vista;

        Engajar o público numa causa;

        Construir reputação pessoal e/ou profissional;


RTIGO DE OP
Título
É a parte mais “vendedora” do texto. Deve dar água na boca, mas não pode entregar o ouro! Dica: seja simples, brinque, use clichês. É importante usar verbos para dar comandos de ação.

Use no máximo 10 palavras.

Lembre-se: a afirmação deve ser instigante, mas absolutamente comprovável.


Introdução

Inicie sua tese apresentando ao leitor a problemática a ser discutida. Dica: sempre que possível, contextualize com o cenário global ou algum acontecimento do dia a dia do seu leitor-alvo.

Mostre que você não está sozinho: inclua afirmações de outros pensadores ou cite estatísticas, estudos científicos, reportagens de importantes veículos de comunicação.

Use no máximo dois parágrafos (se conseguir num só, perfeito!).


Desenvolvimento

Apresente os seus argumentos.

Justifique o por quê das suas afirmações (inclua o leitor; prenda-o em seus argumentos, fazendo com que ele se sinta representado por suas palavras).

Neste trecho, seu leitor já começa a formatar suas próprias conclusões e você apenas o está preparando para o gran finale.


Conclusão
Raciocínio argumentativo: agora é hora de você mostrar ao leitor suas resoluções sobre o que foi apresentado e discutido.

Proponha soluções, mostre um case do qual você participou,
indique o que foi feito; opine.

Você também pode deixar no ar uma dúvida ou cobrança. Se a introdução e o desenvolvimento foram perfeitos, seus leitores irão perdoá-lo. J

Gran finale: amarre o fim do seu texto com suas primeiras frases ou, então, justifique o título com uma frase ao estilo “pulo do gato”.









10 DICS
para redigir excelenartigos









Dicas:

1    -  Só escreva sobre o que você domina e se tiver, realmente, algo a acrescentar sobre o assunto.

2    -  Jogue todas as suas ideias no papel e só depois preocupe-se com a estrutura. Refaça quantas vezes precisar.

3    -  Estimule seu poder de síntese – menos é sempre mais!

4    -  Faça parágrafos com no máximo quatro linhas. Intercale frases longas com outras mais curtas.

5    -  Escreva de forma simples, evitando termos técnicos. Assim você alcançará um número maior de leitores – que chegarão até o fim da leitura.


6    -   Se você tiver problemas com o uso dos “porquês”, substitua por “pois”. Isso vale para outros termos e regras gramaticais.

7    -   Tenha uma gramática sempre por perto.

8    -   Evite repetir termos ou palavras. Enriqueça seu estoque de sinônimos.

9    - Lembre-se: o processo de comunicação só estará completo se o receptor entender a mensagem. Não jogue sua sabedoria ao vento. Seja simples e despretensioso ao redigir.

10                               - Submeta seu texto a segundos e terceiros antes de publicar.
Invariavelmente, ficamos “cegos” diante de erros ínfimos.









sexta-feira, 27 de março de 2020

APC atividades Complementares 23/03 a 27/03





         
ESCOLA ESTADUAL LINO VILLACHÁ – CAMPO GRANDE/MS

APC (Atividades Pedagógicas Complementares) NOTURNO
Referente aos Dias: 23/03 a 06/04/2020
“SUSPENSÃO DAS AULAS”
- Conforme a Resolução/SED N. 3.745, de 19 de março de 2020. Art.4º compete ao docente: planejar, elaborar, criar canal de comunicação e arquivar a APC (Atividades Pedagógicas Complementares) dos estudantes.

PROFESSOR: Auricélia Souza da Silva
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa e Literatura
Ano: Turma: B, C, DI, EI Etapa de Ensino: Ensino médio/Técnico em Informática

Tema/Conteúdos:
Variações linguísticas

Objetivo(s):
Reconhecer a língua como um conjunto heterogêneo de variedades linguísticas.
Compreender o conceito de variação lingüística e pesquisar marcas lexicais e morfossintáticas do português falado e escrito em diferentes estados do Brasil.
Produzir um artigo de opinião enfocando essas diferenças.
Atividade(s):
Assistir o vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=uSzZ5vl45hI&t=26s e fazer um artigo de opinião (orientações em PDF), observando as variedades linguísticas existentes nos demais estados brasileiros, destacando as influências de outras línguas no Mato Grosso do Sul.

Avaliação:
A avaliação servirá para compor a nota bimestral e será pontuada com nota de 0 a 10.
Deverão ser entregues, presencialmente, na volta às aulas.



quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Poema

O que é         Poema:

Poema é uma obra literária que pertence ao gênero da poesia, e cuja apresentação pode surgir em forma de versos, estrofes ou prosa, com a finalidade de manifestar sentimento e emoção.
Um poema possui extensão variável e ao longo do texto expõe temas variados em que há enredo e ação, escritos através de uma linguagem que emociona e sensibiliza o leitor.
O texto poético tem uma forte relação com a música, a arte e a beleza. A poesia presente no texto é a componente que distingue o poema. Existem vários poemas que foram convertidos em canções, porque foi acrescentada música.
Geralmente se apresenta em forma de versos e estrofes com rima e ritmo. A prosa poética tem o caráter de poesia devido ao efeito emocional provocado pela linguagem.
A palavra "poema" deriva do verbo grego "poein" que significa "fazer, criar, compor". A literatura grega teve grande importância nas composições literárias de várias épocas e culturas.
Na Grécia Antiga, todas as produções literárias - os gêneros épico, lírico e dramático - eram consideradas poemas. Os poemas de Homero presente nas obras Ilíada e Odisseia são considerados os primeiros grandes textos épicos ocidentais.
O poema lírico, que era assim designado por ser cantado ao som da lira (instrumento musical), originou o gênero de arte que hoje se entende como lírico.
Os poemas dramáticos eram escritos em forma de verso para serem encenados.
No Brasil, alguns dos poetas ou poetisas mais famosos são Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, etc. Também com poemas em português, Fernando Pessoa é um dos poetas mais reconhecidos em todo o mundo.

Os melhores poemas de Fernando Pessoa

LITERATURA

Os poemas de Fernando Pessoa são marcados por uma importante característica: a heteronímia.
Heteronímia: 
1.Criação ou uso de nomes e personagens por um autor para assinar obras suas com estilos literários diferentes.
2. [Literatura Conjunto dos .heterônimos de um escritor.

Fernando Pessoa foi o poeta dos heterônimos. Entre os mais importantes, estão Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares
Fernando Pessoa foi o poeta dos heterônimos. Entre os mais importantes, estão Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares

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Fernando Pessoa é um dos maiores escritores da literatura em língua portuguesa e certamente ocupa lugar de destaque também na literatura mundial. Poeta de características inigualáveis, conferiu novos significados ao fazer poético, valendo-se do recurso da heteronímia, peculiaridade que fez dele um artista múltiplo. Pessoa era vários em um só, e dos transbordamentos do poeta, nasceram outras personalidades.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, Portugal, em 1888. Em 1914, escreveu os primeiros poemas de seus principais heterônimos: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Sob o heterônimo de Bernardo Soares, considerado o alter-ego do poeta, escreveu os fragmentos que posteriormente foram reunidos em O livro do desassossego, uma de suas mais importantes obras. Seu nome também está ligado ao modernismo português, movimento do qual foi precursor ao lado dos escritores Almada Negreiros e Mário de Sá-CarneiroAjudou a fundar a revista Orpheu, responsável por divulgar as ideias modernistas em Portugal e também no Brasil.
Embora tenha tido uma carreira literária profícua, o único livro de poesia em português que publicou em vida foi Mensagem, no ano de 1934. O poeta, que foi alfabetizado em inglês (a carreira diplomática do padrasto levou a família para Durban, África do Sul) escreveu a maioria de seus livros nesse idioma, conciliando o ofício de escritor com o de tradutor. Traduziu importantes autores, entre eles Lord Byron, Shakespeare e as principais histórias de Edgar Allan Poe, entre elas, a mais famosa, O corvo. Faleceu em sua cidade natal, Lisboa, em 1935, mas continua presente com toda a força e originalidade de sua obra.
Para que você conheça um pouco mais do legado desse escritor que é fundamental para a história da literatura em língua portuguesa, o Brasil Escola selecionou os melhores poemas de Fernando Pessoa. Esperamos que você sinta-se instigado e convidado a conhecer, depois desse breve encontro com o poeta, um pouco mais da obra de um dos mais importantes escritores do mundo. Boa leitura!
Enquanto vivo, Fernando Pessoa publicou apenas um livro em língua portuguesa, o livro de poemas Mensagem
Enquanto vivo, Fernando Pessoa publicou apenas um livro em língua portuguesa, o livro de poemas Mensagem
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado
[sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos
Autopsicografia
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 

E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 

E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 
Fernando Pessoa
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho. 
Cada momento mudei. 
Continuamente me estranho. 
Nunca me vi nem acabei. 
De tanto ser, só tenho alma. 
Quem tem  alma não tem calma. 
Quem vê é só o que vê, 
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo, 
Torno-me eles e não eu. 
Cada meu sonho ou desejo 
É do que nasce e não meu. 
Sou minha própria paisagem; 
Assisto à minha passagem, 
Diverso, móbil e só, 
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo 
Como páginas, meu ser. 
O que segue não prevendo, 
O que passou a esquecer. 
Noto à margem do que li 
O que julguei que senti. 
Releio e digo:  "Fui  eu ?" 
Deus sabe, porque o escreveu. 
Fernando Pessoa
É Preciso Também não Ter Filosofia Nenhuma
Não basta abrir a janela 
Para ver os campos e o rio. 
Não é bastante não ser cego 
Para ver as árvores e as flores. 
É preciso também não ter filosofia nenhuma. 
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas. 
Há só cada um de nós, como uma cave. 
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; 
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse, 
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela. 

Alberto Caeiro
Colhe o Dia, porque És Ele
Uns, com os olhos postos no passado, 
Veem o que não veem: outros, fitos 
Os mesmos olhos no futuro, veem 
O que não pode ver-se. 

Por que tão longe ir pôr o que está perto — 
A segurança nossa? Este é o dia, 
Esta é a hora, este o momento, isto 
É quem somos, e é tudo. 

Perene flui a interminável hora 
Que nos confessa nulos. No mesmo hausto 
Em que vivemos, morreremos. Colhe 
O dia, porque és ele. 

Ricardo Reis


Avaliação Mensal
Questão 1
(Enem)
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Alberto Caeiro
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada, essencialmente,
a) pelo alcance de cada cultura.
b) pela capacidade visual do observador.
c) pelo senso de humor de cada um.
d) pela idade do observador.
e) pela altura do ponto de observação.


  • Questão 2
    Sobre a poesia, é correto afirmar:
    a) A poesia é um gênero literário com características bem definidas, portanto, é facilmente possível identificá-la na literatura.
    b) A poesia é exclusividade da literatura e não pode ser encontrada em outras manifestações artísticas, como a pintura ou a música.
    c) A poesia apresenta forma fixa e não admite variações em sua estrutura. Os moldes clássicos obedecem aos princípios hedonistas de que a poesia deve sempre contemplar aquilo que é belo e agradável.
    d) A poesia pode ser encontrada em diversas manifestações artísticas, como na música, na literatura, na fotografia e até mesmo em situações corriqueiras de nosso cotidiano.

  • Questão 3
    Leia o poema a seguir:
    Amor é um fogo que arde sem se ver; 
    É ferida que dói, e não se sente; 
    É um contentamento descontente; 
    É dor que desatina sem doer. 

    É um não querer mais que bem querer; 
    É um andar solitário entre a gente; 
    É nunca contentar-se e contente; 
    É um cuidar que ganha em se perder; 

    É querer estar preso por vontade; 
    É servir a quem vence, o vencedor; 
    É ter com quem nos mata, lealdade. 

    Mas como causar pode seu favor 
    Nos corações humanos amizade, 
    Se tão contrário a si é o mesmo Amor? 

    Luís Vaz de Camões
    Quanto a sua forma, o poema de Luís Vaz de Camões é
    a) um soneto
    b) uma elegia
    c) um madrigal
    d) uma écloga
    e) uma ode.


  • Questão 4
    Sobre o poema, é correto afirmar:
    I. O poema não é um gênero literário. Pode estar presente em diversas manifestações artísticas e sua principal característica é a subjetividade.
    II. O poema é um gênero literário que normalmente se apresenta em versos, mas pode também dispensar estrofes, rimas e métrica.
    III. Para que um texto seja considerado poema, é preciso que ele apresente uma forma fixa, rimas e métricas, conforme os ideais clássicos de poesia.
    IV. O poema pode receber diferentes classificações de acordo com sua estrutura e temática, entre essas classificações estão o soneto, o haicai, o madrigal, a ode, o hino e a écloga.
    V. Para o poeta Octavio Paz, considera-se poema toda composição literária de índole poética, “um organismo verbal que contém, suscita ou segrega poesia”.
    a) I e III estão corretas.
    b) I, II e III estão corretas.
    c) II, IV e V estão corretas.
    d) Todas estão corretas.

  • Questão 5
    Sobre as diferenças entre a poesia e o poema, estão corretas as seguintes afirmativas:
    I. A poesia, ao contrário do poema, é composta por uma forma estática: a mensagem deve ser elaborada apresentando a mesma quantidade de versos e estrofes.
    II. A poesia pode estar presente em paisagens e objetos, enquanto o poema faz referência ao gênero textual.
    III. Não existem diferenças entre a poesia e o poema, ambas as denominações dizem respeito ao mesmo gênero textual.
    IV. Poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística. É, portanto, uma definição mais ampla do que a definição de poema, nome dado aos textos feitos em versos.
    a) II e IV.
    b) Todas estão corretas.
    c) I e III.
    d) I e IV.
    e) III e IV.
  • Questão 6
  • O soneto é uma forma fixa composta por quatro estrofes: dois quartetos (estrofes compostas por quatro versos cada) e dois tercetos (estrofes compostas por três versos cada). Faça um soneto com tema livre: